Abaixo a ditadura do abacaxis!

domingo, 9 de maio de 2010


Olá, queridos leitores! Não sei se temos algum, mas se sim, muito prazer! Sou a última que falta pra escrever aqui, porque meu dia é domingo e pra nós a semana começa na segunda. E só consegui fazer meu perfil hoje, por falhas técnicas. Ou psicológicas, o que preferirem. Eu realmente apanhei pra essa tecnologia, que agora se mostrou ser da maior simplicidade.
De qualquer forma, cá estou eu, e logo abaixo estará meu texto. Espero que gostem e que consigam ter uma ideia da maneira como eu vejo esse blog.

Todos já ouviram falar sobre uma fruta aparentemente inofensiva chamada abacaxi, certo? Pois bem, esse relato é sobre uma dessas criaturas perversas.

A história tem início numa grande plantação de eucaliptos em Moema, interior de Minas. O dono da fazenda fazia visitas ocasionais para administrar o crescimento das árvores, seriam cortadas dali a 6 anos. Em um passeio pela plantação, eis que ele percebe uma fruta bonita crescendo ali no meio, claramente perdida de suas semelhantes. Ele resolveu deixá-la amadurecer ali, para dar de presente a sua filha quando estivesse grande e suculenta. Eu digo, a fruta. Não a filha. Continuemos.

O solitário abacaxi ficou crescendo ali, se sentindo insignificante ao lado daquelas árvores imensas. Ao mesmo tempo, pôde aprender sobre o comportamento humano, sendo fortemente influenciado por este, já que não tinha ao seu lado outro abacaxi para saber se portar como tal. Começou então a criar uma personalidade de liderança malévola, conforme o único exemplar humano ao qual tinha acesso. Aprendendo também a ser ambicioso, resolveu que dominaria o mundo.
Cresceu, ficou forte e maduro, e finalmente chegou o esperado dia de partir para a cidade grande. Foi arrancado de suas raízes e colocado com cuidado na caminhonete, tudo com luvas especiais para conservar a textura perfeita.

Ao chegar e ser retirado da caminhonete, porém, provocou grande espanto. Não era uma fruta de textura perfeita coisa nenhuma, aquilo era uma máquina mortífera! Com pavor, depois de ter rasgado irreversivelmente as frágeis mãos humanas com sua pele cortante, o abacaxi foi deixado cair e saiu rolando, alcançando sua sonhada liberdade.
Poria agora seus planos em prática: dominaria todo o planeta! Seria a ditadura dos abacaxis!
Ficou sabendo de uma maneira rápida, capaz de alcançar todos os cantos do mundo, que por si só já dominava as facilmente influenciáveis mentes humanas: se chamava Internet. Criou um blog.

Encontrou sete jovens, naquela idade promissora de grande convicção e energia, futuros líderes daquela estranha espécie. Manipulou-os para que escrevessem para ele, a fim de compensar sua falta de braços e dificuldade de lidar com tal tecnologia. Prometeu-lhes que esta seria sua grande oportunidade de mudar o mundo. Conquistou-os. Controlava tudo o que escreviam. Fazia com que usassem sua criatividade para provocar nos leitores o mesmo sentimento de inferioridade e insignificância que sentia perto dos enormes eucaliptos, ao mesmo tempo que os fazia escrever sobre como os abacaxis eram criaturas admiráveis e seriam ótimos líderes. Os jovens escritores se sentiam cada vez piores, mas eram intimidados por aquela criatura, sendo cada vez mais controlados e oprimidos.

Até que um dia não aguentaram mais. A revolta era tamanha que aquele pequeno grupo iniciou sua revolução. Acontecesse o que acontecesse, eles não podiam continuar traindo seus princípios daquela maneira.
Corajosos, cortaram a imponente coroa de seu líder e fizeram nele uma esfoliação, para que sua pele cortante não representasse mais perigo. Mudaram o nome do blog para “Abacaxi Desgraçado”, para que sempre ficasse lembrada sua vitória e o infortúnio daquele perverso abacaxi, que acabou por apresentar um gosto agradável e servir de alimento para o grupo.
Hoje o blog serve como um espaço para exercer a criatividade livremente, e as únicas regras impostas para os escritores existem para desafiá-los a fazer textos cada vez mais mirabolantes conforme o formato que precisam seguir. Não mais produzem textos que visam oprimir as pessoas, mas com o simples intuito de fazer com que ambos escritores e leitores se divirtam. Aproveitem!

No Word deu 30 linhas, mas acho que aqui vai passar... Vocês relevam até eu pegar o jeito, certo? Até semana que vem!