Pandora

sexta-feira, 25 de março de 2011


Narrador: - É noite.
Bem dizia os antigos que a vaidade é um pecado sem perdão.
[Adentram no pátio de pedra lustrosa duas figuras imponentes, mas de majestades distintas. O vento sopra, ouve-se sapos e corujas]

Tor do Martelo: - Você falava do fogo... [Entediado]
Marty: - Não, falava de explosões e sangue, você falava de fogo! [Desprezo]
Tor do Martelo: - Falava do incontrolável, de uma força gigantesca capaz de subjugar qualquer um dos seus bonequinhos... Nada é mais avassalador.
[Treme o chão com um estrondo]
Marty: - Falácia... Meus bonequinhos derrubam montanhas, cortam os ares levando a destruição!
[Barulho de turbinas, um baque profundo e escombros caindo]
Tor do Martelo: - Não se o mau tempo não permite.
[Raios e trovões]

[A discussão continua em segundo plano, um cada vez mais alterado que o outro. Clarões, tiros, gritos, fumaça, barulho de quedas d'água. Estes ganham destaque]

Narrador: - Eis que o caos se instala. Enquanto uns travam quedas de braço outros perdem as esperanças.

Vozes: - QUEM ABRIU A CAIXA DE PANDORA?! [Desespero]
Sif: - Foi Narciso atrás de um espelho!